Os Direitos Humanos são um dos domínios trabalhados na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento no nono ano de escolaridade e, neste sentido, foi proposto aos alunos e alunas das turmas A e B que se fizesse uma abordagem mais aprofundada do direito humano_26º “Direito à Instrução”. Aquando desta proposta, a docente responsável pela disciplina referiu que, e segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos os seres humanos tem o direito à instrução, mas a dura realidade do mundo prova que muitos não têm acesso a ela. Assim, com o propósito de apoiar financeiramente os estudos dos alunos e alunas de uma turma da Escola do I º Ciclo do Ensino Secundário nº 1563 – Projeto Melika: uma aposta na educação comunitária, localizada na aldeia de Freixiel, em Angola, os alunos finalistas da EBI de Ginetes estiveram a desenvolver um conjunto de iniciativas/atividades com este propósito, tornando-se assim, “padrinhos” de 25 alunos desta escola em Angola. Para além disso, escreveram uma carta ao seu afilhado falando um pouco sobre si e sobre a sua comunidade, para que se possa vir a estabelecer no futuro um laço de amizade entre ambas as partes.
Assim, no dia 16 de novembro a turma B organizou um almoço e no dia 23 de novembro a turma A organizou um lanche a favor da angariação de fundos para o Projeto Melika, em parceria com várias empresas que fazem parte da comunidade onde está integrada a nossa Escola. Para o almoço do dia 16 contribuíram as seguintes empresas ligadas ao ramo alimentar: Restaurante “III Arcos”, da freguesia dos Ginetes, “Padaria Paniconfiança”, da freguesia dos Mosteiros e, da freguesia das Sete Cidades, os restaurantes “São Nicolau” e o “Lagoa Azul” bem como, a casa de chá “O Poejo”. Estes eventos só foram possíveis graças à colaboração dos Pais/ Encarregados de Educação e empresas que forneceram gratuitamente a comida e/ou sobremesas que fizeram parte de ambas as ementas dos dois dias. É importante realçar que o papel da escola passa muito pela articulação com a comunidade onde está inserida para que haja real desenvolvimento local. Todas estas iniciativas tiveram uma grande adesão por parte de professores e/ou funcionários, tornando estes eventos um sucesso!
Os alunos e alunas de ambas as turmas foram muito responsáveis e empenhados, demonstrando muita cooperação e partilha nestas atividades, bem como em outras que já decorreram desde outubro até dezembro. Foi nosso objetivo angariar os fundos necessários até ao dia 16 de dezembro para que este contributo fosse uma pequena prenda de Natal para os alunos “afilhados” em Angola. A primeira carta proveniente de Angola chegou às nossas mãos na primeira semana de dezembro e as nossas cartas seguirão em janeiro para Angola. Os nossos alunos finalistas não têm idade para exercer uma profissão e assim receber uma recompensa monetária, eles não têm idade para votar e, deste modo fazer valer a sua voz, mas têm, sem sombra de dúvida, capacidade para agir com espírito de equipa em prol de um bem maior: o acesso à instrução e, quem sabe, ter impacto no sucesso académico e profissional de alguém!
A todos os Intervenientes nesta ação meritória, os nossos sinceros PARABÉNS!